segunda-feira, 16 de julho de 2012

Travessia Travessão-Lagoa Dourada (Serra do Cipó-MG) - jun/12

As fotos estão em http://lrafael.multiply.com/photos/album/131/131.

Conheci o Parque Nacional da Serra do Cipó numa longa viagem por Minas em 1991 e foi uma experiência incrível. Na época era um lugar bastante isolado e Cardeal Mota contava apenas com um hotel, uma pousada e dois campings. Em 1997 eu e dois amigos tentamos duas vezes fazer a travessia Travessão-Lagoa Dourada mas não conseguimos completá-la com o tempo de que dispúnhamos e as orientações dos manuais datilografados do Sérgio Beck. Esse projeto ficou então guardado e só agora, com mais informações e ajuda das novas tecnologias, é que consegui realizá-lo.

O que descrevo a seguir é apenas um relato, não tem a intenção de ser um guia para essa travessia uma vez que é bastante difícil detalhar o percurso pelos campos e serras muitas vezes sem trilha do Cipó. Para o caminhante que pretende realizá-la serve como orientação geral de tempo, pontos de referência, etc. Os pontos de água não menciono pois são tantos que não deve haver preocupação quanto a isso e só sobrecarregaria o texto.

1º DIA: DAS DUAS PONTES AO TRAVESSÃO

Deixei São Paulo no ônibus das 22h30 da Gontijo em direção a Belo Horizonte, aonde cheguei às 6h40. As opções para chegar à Serra do Cipó são as empresas Saritur (www.saritur.com.br) e Serro (www.serro.com.br). Como o meu destino era um local conhecido como Duas Pontes precisava de um ônibus que passasse por Cardeal Mota e continuasse na MG-010, subindo a serra em direção a Conceição do Mato Dentro (alguns deles passam por Cardeal Mota e depois tomam a direção de Santana do Riacho). O único ônibus diário da Saritur que faz isso havia saído às 6h30. Restou-me aguardar o próximo da Serro, às 8h, e a passagem foi comprada com destino Fazenda Palácio. Aproveitei para tomar um dejejum numa das tantas lanchonetes boas e baratas da Av. Afonso Pena, bem perto da rodoviária, e como sempre fui à Pinguim, minha conhecida de longa data e preferida.

O trajeto do ônibus continua o mesmo, passando por Lagoa Santa e fazendo a tradicional parada na rodoviária de São José do Almeida. Passei por Cardeal Mota, que teve um boom turístico incrível nos últimos anos, contando agora com uma oferta enorme de pousadas, e, passado o camping da ACM, o busão tocou serra acima em estrada hoje pavimentada. Saltei às 11h15 em frente ao portão da Pousada Duas Pontes, à esquerda da estrada, exatamente no km 114. Ajeitei a cargueira e dei início oficial à minha longa travessia passando por baixo da cerca do lado direito da estrada, onde há uma porteira e uma estradinha.

À medida que subo por essa estradinha precária de pedras, a visão vai se ampliando e alcança toda o percurso sinuoso da MG-010 até o alto da serra, além dos contornos curiosos da Pedra do Elefante, que já se mostrava havia algum tempo. Mas meu olhar sedento por montanhas é atraído mesmo por um conjunto muito interessante que desponta no horizonte no sentido noroeste e que me deixa curioso - minhas andanças posteriores me dirão que essa era minha primeira visão da Serra do Breu, com o Pico da Lapinha e o Pico do Breu delimitando o conjunto rochoso.

Às 12h16, após uma hora de caminhada (com uma parada para calçar perneiras e fazer um lanchinho), esbarro numa cerca com colchete que, segundo o gps, me lança oficialmente dentro dos limites do Parque Nacional da Serra do Cipó. A estradinha agora se transforma em dois sulcos paralelos no capim, dos quais não arredo pé pois me levam exatamente na direção do meu primeiro destino, o famoso Travessão. Às 13h28 uma breve parada num aprazível riacho de água acobreada que acaba de preencher meus cantis. Em seguida, uma mata de samambaias que felizmente estava transitável e logo depois uma discreta cachoeira do lado esquerdo que fiz questão de fotografar de perto já que o acesso é bem fácil. Ali encontrei um grupo que terminava sua caminhada e que me contou que o tempo não fora bom nos dias anteriores, o que frustrou em parte seus planos. Muito próximo dali, para minha surpresa, belas pinturas rupestres ornamentam um pequeno abrigo de quartzito claro - surpresa pois já passei tantas vezes por ali e nunca havia notado tal tesouro.

Continuo descendo por trilha bem marcada em direção ao Travessão e cruzo dois riachos, porém esse caminho me leva a uma descida íngreme demais e até arriscada. Resolvo voltar, ultrapassar um dos riachos e procurar uma outra trilha à direita, que acabou sendo menos óbvia no começo mas me levou ao Travessão por uma descida bem mais fácil, chegando às 15h42.

O Travessão é um incrível e monumental selado que separa as vertentes dos vales do Rio do Peixe (leste) e Rio Bocaina (oeste), o que significa num ponto de vista mais amplo servir como divisor de águas entre as bacias do Rio São Francisco e Rio Doce. Não bastasse essa função geográfica de respeito, a beleza do lugar é avassaladora. A visão do modesto Rio do Peixe serpenteando entre os colossais paredões recompensa qualquer esforço para se chegar até ali.

Bem, mas estou só no começo da minha travessia e após explorar diversos pontos de vista e até um poço de águas escuras com sua cachoeirinha nas imediações, devo dar sequência à pernada subindo as encostas na direção sul, direção esta que seguiria por muitas horas ainda, até quase o final do dia seguinte (de forma geral, com alguns desvios para sudeste). Eram 16h20 quando deixei para trás o Travessão e tinha uma hora e pouco de luz ainda para adiantar o caminho. Após uma longa subida, ora por trilha ora pelo capim sem trilha, assisti a um magnífico por-do-sol, cruzei uma cerca e montei acampamento no primeiro riachinho que encontrei.

Nesse dia caminhei 12,6km.

2º DIA: DO TRAVESSÃO À "CACHOEIRA DA MESA"

Não acordei muito cedo por causa do cansaço da viagem do dia anterior e só comecei a caminhar às 9h30 seguindo a mesma trilha na direção sul (em alguns momentos, sudeste). Em meia hora passo por outro riachinho, uma clareira onde caberiam uma quatro barracas e logo começa o inferno das samambaias. Mesmo com a ajuda de alguém que havia passado abrindo caminho a facão, as malditas enroscam na mochila, cutucam o rosto e arranham os braços. Fora isso, é preciso redobrar a atenção com o caminho pois fica fácil cair num labirinto no meio dessas plantas altas e que parecem uma praga.

Às 10h32 alcanço um riozinho mais largo, provavemente o Rio Bocaina, e passo para a outra margem. O esforço foi em vão pois a trilha se perde na mata fechada do outro lado. Cruzo-o de volta e subo um pouco por sua margem direita, atravessando um pequeno afluente e retomando a direção sul. Porém não ando 100m nessa direção e percebo que devo descer à mata ciliar à direita e cruzar de uma vez o rio mais largo, o que me obrigou a tirar as botas. Ao ganhar o campo de capim baixo novamente, reassumo a direção sul e mais à frente encontro uma trilha. Aliás, toda essa travessia no Cipó foi assim: sempre seguindo por trilhas que desapareciam em algum ponto e encontrando alguma outra à frente que ia na direção pretendida; não há uma trilha contínua e batida para se seguir o tempo todo.

À medida que caminho, sinto que o isolamento e a distância da "civilização" aumentam, porém às 15h20 me deparo com cinco cavalos pastando próximo a um curral decrépito com um cocho. Estava bem próximo do ponto de mudança de rumo da caminhada. Às 15h50 avisto uma cerca e mudo minha direção para oeste (direita), seguindo uma trilha de pedras brancas que se aproxima da cerca e a acompanha pela direita (coordenadas 23 K 657360 7850161). Cruzo a cerca pelos restos de uma porteira caída e 1,4km depois, já sem trilha e caminhando pelo capim alto, esbarro em outra cerca junto a um riacho às 17h. O final desse dia foi reservado a um extenso e incômodo charco ocultado pelo capim alto que se seguiu a essa cerca. Tentei um caminho mais à direita porém topei com uma mata fechada onde não achei trilha e ainda mais à direita um paredão de pedra. Só me restou o charco mesmo. Saí dele quando a luz já se esvaía e montei acampamento no primeiro chão firme que encontrei, num local agradável próximo a uma cachoeira cujas águas escorriam por uma plataforma de pedra, a qual chamei de "cachoeira da mesa" por desconhecer seu nome verdadeiro.

Nesse dia caminhei 13,3km.

3º DIA: DA "CACHOEIRA DA MESA" AO RIBEIRÃO BANDEIRINHA

Nesse dia iniciei a pernada mais cedo, às 8h15. Desci à cachoeira da mesa e passei para a outra margem na tentativa de encontrar a continuação da trilha que sumira na tarde anterior. Foi em vão. Continuei na mesma margem do riacho e segui alguns metros na direção noroeste até uma porteira caída, onde percebi que para continuar nessa direção deveria cruzar de volta o riacho. E havia uma trilha lá.

A minha referência para as primeiras 4 horas de trilha desse dia eram as ruínas da casa do Tatinha, que estavam a oeste de onde pernoitei. O trajeto real porém começou na direção noroeste para depois oscilar entre oeste e sudoeste. Do Tatinha até o fim do dia (Ribeirão Bandeirinha) a direção voltaria a ser sul, direto e reto.

Pois bem, atravessado o riacho de volta, às 9h15 chego a um ponto estratégico. A trilha que vinha seguindo cruza um outro riacho e toma o rumo noroeste, encaminhando-se para a parte alta da Cachoeira da Farofa, uns 7km distante ainda. Não era o que eu queria. Abandono essa trilha portanto e sigo pelo capim baixo para sudoeste, transponho um riacho e contorno uma ponta de mata, conseguindo visualizar às 9h45 um aglomerado de palmeiras e eucaliptos que me indicam que estou próximo da antiga casa da família Juventino (marcado como Costa no gps, coordenadas 23 K 654414 7851394). O casebre de pau-a-pique está em pé mas em condições para lá de precárias. Uma placa pregada no alto diz: "Bandeirinha, 30/1/2001. Senhor funcionário do Ibama-MG, antes de tomar qualquer atitude nessa propriedade lembre-se que não foi pago pelo Ibama. Obrigado. Família Juventino".

Demorei algum tempo para achar a saída certa dali pois não há trilha e o mato tomou conta de tudo ao redor da casa. Mas o sentido é exatamente oeste e ao se deparar com um cânion que parece dificultar demais a passagem, basta caminhar alguns metros para a direita, saltar o riachinho que vem da casa e penetra no cânion e encontrar uma trilha para a esquerda (oeste).

Depois de mais dois riachos e uma cerca, chego às 12h10 às ruínas da casa do Tatinha (23 K 653469 7850833). O lugar está desolador. Nos tempos das minhas andanças frequentes pelo Cipó, essa casa era uma referência para as travessias. Hoje não passa de escombros completamente engolidos pelo mato. Aquela visão foi tão deprimente que tratei logo de sair dali e dar sequência à caminhada.

Como disse, do Tatinha até o Ribeirão Bandeirinha a direção geral voltaria a ser sul com bem pouca variação.

Meu destino seguinte era a fascinante Cachoeira da Braúna, distante menos de 2km dali. Porém o caminho me reservava mais uma luta com labirintos de samambaias para não faltar emoção.

Cheguei ao enorme poço da Braúna de Cima às 13h45 para ficar de queixo completamente caído. Apesar de já conhecê-la de longa data, o fascínio continua e para mim é uma das cachoeiras mais bonitas que conheço, em conjunto com a queda principal, que se debruça sobre um poço ainda maior de águas igualmente negras. Parei ali para um lanche e um bom tempo de contemplação.

Desde o início da travessia até aqui vinha acompanhando a trilha mostrada no gps, porém ela seguia após a Braúna pelo Córrego da Garça e adentrava o cânion logo abaixo da cachoeira. Nesse ponto resolvi abandonar esse caminho e tentar reencontrar o trajeto que costumava fazer muitos anos atrás com a ajuda da parca memória e de alguns traçados feitos no Google Earth e gravados no gps. Assim, às 15h40 subi a trilha bem marcada da encosta oposta à da cachoeira e retomei a direção sul por essa mesma trilha, que após 4,6km sem desaparecer me levou às margens do Ribeirão Bandeirinha, o qual atravessei num pulo às 17h22 e já tratei de arranjar um local apropriado para montar a barraca. Os mosquitos ali estavam ainda mais desesperados por sangue do que em qualquer outro lugar.

Nesse dia caminhei 12,9km.

4º DIA: DO RIBEIRÃO BANDEIRINHA À LAGOA DOURADA

A trilha que eu segui ontem da Cachoeira da Braúna em diante é bem marcada pois aparentemente leva ao povoado de Altamira. Mas esse não era o meu destino e eu precisava sair do vale do Bandeirinha na direção oeste e subir a Serra da Mutuca para alcançar o vale do Rio Jaboticatubas, ou Lagoa Dourada, como é mais conhecido. Para isso, estudei o relevo da serra a oeste e parti às 8h15 para tentar transpô-la. Para me auxiliar contava com um trajeto desenhado sobre a imagem de satélite do Google Earth e levado no gps. Tentei seguir esse trajeto o mais fielmente possível porém não foi fácil. Logo de cara um capinzal alto escondia um charco que parecia não acabar mais. Depois tentei subir a serra mas a vegetação e as pedras altas começaram a dificultar demais meu avanço. Do ponto aonde cheguei estudei um caminho mais desimpedido numa outra encosta e parti para lá. Foi uma decisão muito feliz pois após subir essa outra encosta pelo capim baixo avistei uma trilha que ia na direção desejada. E para minha grata surpresa era a trilha que eu usava há mais de uma década nas travessias que fazia. Só não a encontrei ontem pois cruzei o Bandeirinha mais ao sul do que costumava cruzar. Daí em diante foi só confirmar o trajeto por alguns lugares-chave, como o imenso vale à direita da trilha pelo qual passei às 12h20.

Às 13h08 chego à borda da Serra da Mutuca e tenho ampla visão do vale à frente, com caminhos descendo para Altamira à esquerda (sul). Segundo informação do gps, eu estava nos limites do parque nacional. A descida não é tão fácil mas acabei encontrando uma trilha, depois um totem e ao final a trilha entronca em outra que vem da esquerda (sul). A quantidade de pegadas nessa nova trilha confirma que estou no caminho certo e sigo na direção norte. Ainda não era possível avistar a Lagoa Dourada, porém em poucos minutos, às 13h54, tive a primeira visão desse extenso e belíssimo lugar.

A trilha que eu acompanhava se mantinha no alto da serra e se dirigia à Serra dos Confins, que forma a encosta leste da Lagoa (a encosta oeste é a Serra da Lagoa Dourada). Porém eu já estava de olho nas trilhas mais abaixo que me levariam ao vale. Cheguei a cruzar uma mata alta que abriga uma nascente e depois um riacho, mas decidi voltar e encontrar o melhor ponto para descer até a trilha que avistara. Uma vez nela, não houve dúvida pois desembocou numa ladeira de pedrinhas soltas que desceu rapidamente à Lagoa Dourada. Como o dia chegava ao final, caminhei só até o primeiro riacho e acampei. O diferencial desse riacho é que ele despenca abruptamente do alto da serra que eu acabara de descer, formando uma bonita cachoeira na parte mais alta.

A Lagoa Dourada não é realmente uma lagoa e sim o vale do Rio Jaboticatubas, que, por ser recoberto em grande parte por um capim dourado que brilha com a luz do sol, ganhou esse poético nome, bastante condizente com sua beleza.

Nesse dia caminhei 10,7km.

5º DIA: DA LAGOA DOURADA A CARDEAL MOTA

No último dia da travessia comecei a caminhar às 8h30 na direção noroeste acompanhando de longe o rio por sua margem direita. Por ser uma área fora da administração do parque, há cavalos e vacas pastando ao longo do extenso capinzal. Às 10h33 cheguei ao grande atrativo da Lagoa, a sua cachoeira, ponto em que o Jaboticatubas faz uma curva para oeste e despenca de sucessivas paredes cada vez mais altas até adentrar um profundo cânion e se dirigir ao povoado de São José da Serra. A primeira queda é bem fácil de atingir por trilha íngreme, algumas menores mais abaixo também, mas quanto mais perto das paredes do cânion mais arriscado se torna. Eu me contentei com fotos da primeira queda, que já é bem bonita. E totalmente deserta num dia de semana. Bem próximo da parte alta da cachoeira há restos de acampamento e alguns mirantes para o cânion e as quedas mais abaixo.

Saí dali às 11h30 e continuei para o norte, subindo. Às 12h13 cheguei a uma bifurcação importante mas tão discreta que não fosse o gps acho que teria passado despercebida: a trilha continuava bem marcada para o norte (esquerda na bifurcação) porém desceria a serra para alcançar São José da Serra; para a direita uma trilha bem apagada desce ao vale do Ribeirão das Areias e dá acesso à portaria oficial do parque e Cardeal Mota. Esse segundo destino foi a minha escolha por ser de logística mais fácil e ainda desconhecido para mim. Fui para a direita pelo capim mas logo a trilha foi se definindo e em menos de 500m já estava descendo a serra por um caminho de pedras soltas. Ali encontro um sujeito a cavalo, a primeira pessoa que vejo em quatro dias. A descida foi longa mas tranquila, apesar da erosão que corrói a trilha. Aos poucos vou adentrando o vale encaixado entre a Serra da Lagoa Dourada (leste) e a Serra da Caetana (oeste). Parei para um lanche num dos riachos tributários do Ribeirão das Areias com agradável sombra da mata ciliar. Às 14h22, apesar de estar seguindo a trilha mais batida, me vi sem saída num labirinto de enormes erosões, o que me obrigou a voltar e procurar uma outra alternativa à direita para passar ao lado delas. Esse novo caminho começou como uma trilha meio apagada mas depois se alargou até virar uma estrada interna do parque e às 15h10 alcanço a bifurcação que à direita desce à Cachoeira do Capão, distante 1,2km. Chega-se primeiro à parte alta da cachoeira e uma trilha leva à parte baixa. Uma bifurcação nessa trilha desce um pouco mais o rio até terminar nele. Em seguida, andando pelas pedras e lajes das margens chega-se à sinuosa Cachoeira do S.

Voltei à bifurcação da estrada quando já passava das 17h e toquei rapidamente em frente pois o sol logo iria se por. Segui à esquerda nas duas bifurcações seguintes, passei por um portão de ferro aberto e decidi abandonar a estradinha em favor de uma trilha à esquerda. Acabei caindo em outro local cercado de grandes erosões e tive de ligar a lanterna para conseguir encontrar a saída. Mais um pouco e às 18h13 alcanço a estrada de terra que liga a portaria do parque à rodovia MG-010 num ponto em que há duas porteiras de ferro emparelhadas. Consegui passar facilmente por uma delas. Dali foi só seguir para a esquerda por mais 1,7km até a rodovia asfaltada, saindo exatamente ao lado do Hotel Veraneio e da ponte sobre o Rio Cipó, já em Cardeal Mota, às 18h48.

Nesse dia caminhei 25,2km.
Distância total percorrida: 74,7km

Para saber um pouco mais sobre a riqueza da Serra do Cipó: http://super.abril.com.br/superarquivo/1992/conteudo_113147.shtml.

Rafael Santiago
junho/2012

5 comentários:

  1. Relendo seus relatos eheh
    Há umas novidades por parte dessas bandas. o Parnacipó está com um projeto de circuitos maiores na região, um deles ligando a Sede, Farofa de Cima, região do Tatinha, Braúnas, Bandeirinhas e depois Sede, perfazendo uns 40 km mais ou menos. Em breve deverá ser disponibilizado ao grande público! Estamos trabalhando para isso!
    Certamente será uma boa opção para aventuras legais pelo Parque!
    Parabéns Rafael por nos apresentar a história. Ter visto a região do Tatinha habitada é um privilégio viu? Abração

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  2. Boa tarde, Rafael!!!!
    Parabéns pela travessia e pelo relato!!!!
    Seria possível enviar o tracklog?!?!
    Pretendemos nos aventuras por aquelas bandas!!!!
    Abraço!!!!

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  3. Ah, desculpe!!!!
    Se possível, meu e-mail é mauroolneto@gmail.com
    Obrigado!!!!

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    1. Mauro, desculpe a grande demora em responder. Eu estava fora.
      Se você ainda quer o tracklog posso te mandar.
      Boas trilhas!

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  4. Blz Rafa fizemos nesse feriado praticamente esse Seu percurso com algumas variações , realmente linda a região .. abraços ..

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