terça-feira, 21 de maio de 2013

Circuito de trilhas no sul de Floripa (SC) - mai/13

ImagemPraia da Solidão

As fotos estão em https://picasaweb.google.com/116531899108747189520/CircuitoDeTrilhasNoSulDeFlorianopolisSCMai13.

O tracklog está em www.mochileiros.com/circuito-de-trilhas-no-sul-de-floripa-sc-mai-13-t82660.html.

1º DIA: DE PÂNTANO DO SUL A NAUFRAGADOS, CAIEIRA DA BARRA DO SUL E PERNOITE NO PASTO DE VOLTA AO SAQUINHO

No Terminal Central - TICEN (ao lado do mercado municipal, no centro de Floripa) peguei às 7h57 o ônibus "Rio Tavares-direto" (nº 410), que chegou ao Terminal de Integração Rio Tavares (TIRIO) às 8h13. Ali mesmo, sem pagar outra passagem, peguei o ônibus "Pântano do Sul", que saiu às 8h30 e chegou às 9h ao ponto final, na Costa de Dentro. A enseada do Pântano do Sul é dividida em três partes: a vila de Pântano do Sul propriamente dita, na extremidade leste, o Balneário dos Açores, com casas e prédios novos e de padrão mais elevado, e a Costa de Dentro, um bairro que parece ser um pouco mais antigo também, na ponta sudoeste da enseada. O ponto final do ônibus, como disse, foi na Costa de Dentro.

Ajeitei a mochila e comecei a caminhar às 9h09 na direção do final da rua (cerca de 50m), onde há uma bifurcação e um totem com diversas placas coloridas indicando praias e pousadas. Segui a placa da Praia da Solidão e fui para a esquerda, entrando na Rua Lauro Mendes. Menos de 150m depois um outro totem de placas coloridas me manda entrar na rua à direita, a Rua Inério Joaquim da Silva, que deixa o bairro e vira uma estrada de asfalto que sobe bastante e desce já na Praia da Solidão. Dei uma olhada na praia, completamente deserta apesar do sábado de sol, e aproveitei para calibrar o altímetro do gps. Voltando à rua principal do bairro, vi no final de uma rua à direita uma placa de "cachoeira" e entrei. Essa placa mandava entrar à direita de novo e outra em seguida apontava um caminho à esquerda, que cruzou um riacho pelas pedras e virou uma trilha na mata. Segui por ela por uns 400m e só encontrei o Rio das Pacas descendo entre grandes pedras, onde a trilha aparentemente terminava. Dali para cima havia apenas um conjunto de mangueiras de captação de água. Pensei comigo: mais um rio com pequenas quedas que chamam aqui de cachoeira. Mas parece que eu estava enganado. Depois me disseram que eu teria que subir mais para encontrar uma cachoeirinha de verdade, com poço e tudo. Ficou para a próxima.

Voltei à rua principal, que logo começa a subir e cujo calçamento vira duas faixas paralelas de concreto. Passo pelas últimas casas às 10h13 e o caminho se reduz a uma faixa de concreto apenas, que é a "trilha" para a Praia do Saquinho. Essa trilha concretada causa um certo estranhamento, mas acredito que seja melhor assim pois evita a erosão da encosta e melhora a circulação dos moradores já que o trajeto é bem íngreme em alguns pontos, chegando a 90m de desnível.
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Praia do Saquinho

No final da descida entrei numa rua à esquerda e fui ver a Praia do Saquinho, que é minúscula e cheia de pedras. Alguns moradores pescavam no costão na outra ponta. Voltei à trilha concretada, que terminou na vila às 10h52. São bem poucas casas, algumas de madeira, uma autêntica vila de pescadores ainda.

Ali tentei obter informações sobre a condição das trilhas para Naufragados e Caieira da Barra do Sul, mas o morador só confirmou o que eu havia lido, que as trilhas caíram em desuso e estavam tomadas pelo mato. Pura besteira. Só um trechinho da trilha para Caieira é que está fechado, como pude comprovar depois. São as bobagens da crendice popular, como já me havia acontecido na travessia Camburi-Trindade (lá é ainda pior por causa do intere$$e dos guias locais). Depois dos costumeiros avisos de trilha complicada e muitas cobras pelo caminho, dei continuidade à minha caminhada.

Sabia que se quisesse ir direto para Naufragados deveria me manter próximo ao mar para fazer todo o contorno do sul da ilha, e se quisesse ir para Caieira deveria encontrar uma trilha à direita que cortasse a ilha no sentido oeste até o outro lado já que essa praia fica voltada para o continente. Como não encontrava a tal trilha para a direita, fui seguindo junto ao mar. Às 11h30 uma estrutura de madeira grossa à direita da trilha me chama a atenção. São os restos de um antigo engenho e próximo a ele um forno de barro em forma de iglu. Relíquias do passado colonial da ilha que estão abandonadas e sofrem com o vandalismo.
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Praia de pedras à direita do Pastinho

Continuando pela trilha batida e sem dificuldade alguma, passei por dois pontos de água (a única água fácil do dia, sem contar obviamente a que se pode comprar nos bares das praias), um pé de mexerica carregado, uma cerca com passadiço e às 12h47 chego à Ponta do Pasto, mais conhecido como Pastinho. O lugar é bem bonito e interessante, uma ponta de capim e rochas que se projeta entre o costão rochoso ao norte e uma praia de pedras ao sul. Bem em frente as Ilhas Três Irmãs. À esquerda, mais ao norte, se vê a ponta montanhosa que fica a leste do Pântano do Sul e à direita, bem distante, a Praia da Pinheira, no continente. O local ainda é usado como pastagem de gado, mas não deixa de ser um bom ponto de acampamento, embora sem água próxima.

A continuação da trilha aponta para a mata e daqui em diante ela se afasta um pouco do mar. Começa já com uma subida forte. Numa bifurcação com um plástico branco preso num tronco, às 13h24, resolvi ir para a direita e subir mais (e acabei não explorando o ramo da esquerda). A travessia até Naufragados atinge então o seu ponto mais alto, 172m de altitude. Descendo um pouco chego às 13h50 a uma bifurcação importante, mas sem nenhuma sinalização: à esquerda a Praia de Naufragados e à direita um dos três caminhos que se juntam para o acesso entre Naufragados e Caieira da Barra do Sul (os outros dois são pelo Restaurante Golfinho e pelo farol de Naufragados). Fui para a esquerda e notei a trilha bastante roçada, e coisa bem recente.

Logo encontrei um casal na trilha e eles me disseram que aquele trecho tinha sido roçado para uma prova que estava para acontecer. Talvez por isso eu não tenha pego a trilha com mato em nenhum momento.

Às 14h22 outra bifurcação. Tudo indicava que eu deveria descer à direita, mas fui explorar o ramo da esquerda primeiro, que termina no costão, onde há uma casa isolada. Valeu pela vista do farol, na outra extremidade da praia. Infelizmente o tempo havia mudado e o céu estava cinzento, com muito vento, ameaçando chover a qualquer momento. Voltei à bifurcação e às 14h39 cheguei à Praia de Naufragados, que continua bastante preservada, com algumas casas escondidas no meio da vegetação.
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Praia de Naufragados

Cruzei seus 700m de areia batida e subi as pedras do canto direito para alcançar uma trilha logo acima que leva ao farol, mas no caminho uma placa aponta para os canhões à direita e subi lá primeiro. São três canhões que apontam para a entrada da Baía Sul da Ilha de Santa Catarina, cada um fixado a uma plataforma circular de concreto, sendo o pouco que restou do antigo Forte Marechal Moura de Naufragados, construído entre 1909 e 1913. Com mais atenção nota-se no fundo de cada plataforma o respectivo corredor entrincheirado, usado para movimentar a munição, e que os três corredores convergem para o mesmo ponto, onde a munição era distribuída. Infelizmente esses corredores estão atualmente tomados pelo mato.

Depois visitei o farol, de 1861, bem mais baixo do que eu imaginava. Uma plataforma de madeira ao lado dele permite ver a Ilha de Araçatuba com as ruínas da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba, de 1742, e à direita a Praia do Sonho, no continente. A fortaleza foi durante muito tempo a única fortificação destinada a proteger a entrada da Baía Sul da ilha, até a construção do Forte Marechal Moura, 167 anos depois. Terminei o passeio com uma rápida visita ao antigo porto, um velho trapiche de pedra com a Praia do Sonho bem em frente.

Esses três atrativos da Praia de Naufragados estão bem sinalizados nas bifurcações, porém estranhamente o caminho para Caieira não, o que deixa alguns visitantes em dúvida. Saindo do farol, basta pegar a esquerda na primeira bifurcação (a direita vai para a praia de Naufragados) e a direita na segunda (a esquerda vai para o porto). Uns 200m depois, numa bifurcação sem placa, deve-se ir para a esquerda (a direita leva aos canhões). Eram 16h04 quando deixei Naufragados. A trilha atinge o ponto mais alto na cota dos 146m. Nas outras duas bifurcações do caminho, basta ir para a esquerda. Essa última bifurcação é a junção das três trilhas para Caieira que mencionei.

Na descida final para Caieira a trilha atravessa alguns pastos e sofre com muita erosão. Uma placa depredada bem no começo da trilha informa que a área faz parte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, que abrange a ponta sul da Ilha de Santa Catarina e as Ilhas Três Irmãs, entre outras.
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Ilha de Araçatuba com as ruínas da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba, de 1742

A trilha termina/começa entre dois grandes terrenos usados como estacionamento e ali, às 17h, procurei informação sobre o caminho direto de volta à Praia do Saquinho. Estava a 35m de altitude.

Ao lado do estacionamento da direita, caminhei pelo pasto sem uma trilha muito bem definida e atravessei uma sequência de três colchetes. Passei por algumas casas e a trilha terminou numa rua de terra que subia da avenida da praia. Subi então à direita, atravessei uma porteira e passei pela última casa da rua, de cor salmão. A rua de terra continuou subindo forte e alcançou um pasto, onde um homem muito mal-humorado que tratava das vacas me disse que a trilha para o Saquinho era difícil, mas me deixou cruzar o seu terreno (deve ter pensado: deixa esse sujeito se lascar). Atravessei um colchete e encontrei a trilha bem marcada já que leva a outro pasto mais acima. A subida é forte de novo e olhando para trás vão se acendendo as luzes de Caieira e da Praia do Sonho, no continente. Atravessei mais dois colchetes e no terceiro, com um curral coberto de telhas à esquerda, alcancei às 18h o outro pasto, que tinha como referência já que fica bem na crista, dali seria só descer para o lado leste da ilha. Como quase já não havia luz natural, tratei de arranjar um lugarzinho plano para montar a barraca. As vacas estavam por ali mas não chegaram nem perto e a chuva que ameaçou cair a tarde toda felizmente não veio. Altitude de 258m.

Na parte mais baixa desse pasto há uma nascente mas é melhor purificar a água ou fervê-la para o consumo.

Nesse dia caminhei 17,1km.
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Caieira da Barra do Sul

2º DIA: DO PASTO À LAGOINHA DO LESTE E À PRAIA DA ARMAÇÃO, COM DIREITO A MUITA CHUVA E VENTO

Desmontei acampamento logo cedo e comecei a caminhar às 7h20. Do alto desse pasto onde acampei podia ver o mar dos dois lados da ilha. Desci pela calha natural do pasto no sentido leste e no final dele encontrei uma cerca que tive de cruzar por baixo, logo depois da nascente de água que mencionei. Após a cerca a trilha continua, mas depois de uns 300m começa a ficar mal definida. Numa primeira bifurcação tanto faz ir pela direita ou esquerda, são variantes, mas na segunda, poucos metros depois, deve-se descer à direita, passando por baixo de outra cerca. Se estiver sem água, é só caminhar uns 60m para a esquerda nessa bifurcação.

Menos de 50m depois dessa segunda cerca, a trilha desaparece, engolida pelo mato alto (de cerca de um metro de altura). Desci por 150m pelo caminho que parecia ser o menos ruim e acabei reencontrando a trilha. Após cruzar um riacho ela volta a ficar bem batida, até que alcanço a trilha Saquinho-Pastinho, percorrida ontem, exatamente no local do antigo engenho e do forno de barro, às 8h40. Procurei essa trilha ontem a manhã toda e me distraí justo no momento em que ela estava ao meu lado. Mas acho que foi melhor assim pois até então não tinha informações confiáveis sobre ela.

No retorno ao Pântano do Sul, passei pela vila do Saquinho às 9h, pela Praia da Solidão às 9h30 e cheguei ao ponto de ônibus da Costa de Dentro às 9h51. Descansei e mastiguei alguma coisa e às 10h10, ignorando o tempo fechado, dei início à segunda caminhada, a travessia dali até a Praia da Armação tendo como principal atrativo a Praia da Lagoinha do Leste.

Optei por caminhar pela avenida principal do bairro em vez da praia para conhecer melhor o lugar e ver como está diferente de quando eu andei por ali, muitos anos atrás, principalmente por causa do tal Balneário dos Açores. Mas ainda há dunas e vegetação preservada mais próximo da vila do Pântano do Sul.
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A Praia da Lagoinha do Leste é parque municipal desde 1992

A avenida terminou no final da rodovia SC-406 (por onde cheguei do centro de Floripa ontem). Dali bastou quebrar à esquerda por 120m e entrar na segunda rua à direita, bem em frente à portaria azul e branca do condomínio Caravellas IV Residence. A rua estreita vira uma ladeira íngreme mas em 100m uma placa amarela à esquerda aponta o início da trilha para a Praia da Lagoinha do Leste, informando que se trata de um parque municipal, ou seja, uma unidade de conservação. Uma outra placa meio apagada informa que a trilha tem 2361m de extensão (medi 2,2km com o gps).

Entrei na trilha às 10h54 me deparando com bastante erosão, grandes pedras e raízes expostas, denunciando que ela é bastante frequentada. E é isso mesmo, apesar do tempo feio cruzei com muita gente, grande parte carregando sua prancha de surf. Às 11h18 passei pela chamada Estação Curso d'água, uma fonte à esquerda da trilha, e às 11h34 alcancei a bifurcação da Estação Platô, onde dois deques de madeira a 187m de altitude servem como mirante para as praias de Pântano do Sul de um lado e Lagoinha do Leste do outro. Um deles é coberto e o outro não, talvez este tenha tido a cobertura depredada, assim como as tábuas do piso de ambos estão sumindo também. O tempo estava piorando e o vento vindo do mar já trazia garoa até ali.

Continuando, a trilha atravessa uma mata alta e atinge seu ponto mais alto na cota dos 207m para imediatamente começar a descer. Cruzei mais um bando de gente subindo de volta por causa do tempo e a chuva não tardou a chegar, me obrigando a acelerar um pouco para não pegar a trilha íngreme ainda mais escorregadia. Cheguei enfim à Praia da Lagoinha do Leste às 12h26 e me abriguei numa cabana-bar bem no final da trilha. O teto era de palha e pingava para todo lado, mas fiz um lanche ali assim mesmo.
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Praia de Pântano do Sul vista do mirante na trilha para Lagoinha do Leste

A chuva ia e vinha sem sinal de trégua e fui ficando ali, diante da praia deserta. A única movimentação acontecia na entrada na mata nos fundos da cabana onde eu me abrigava. Me veio à lembrança a história do morador solitário da Lagoinha, o Michael (Maicol), e logo alguém me disse que ele estava ali pois estava cuidando do bar que funciona na cabana. Fui convidado a me abrigar na grande lona estendida e aceitei. Conheci assim o Michael, muito gente boa, que contou um pouco da sua singular trajetória. Ele mora sozinho ali na Lagoinha há 20 anos! Mas gosta de receber visitas e dá atenção a todos. O seu acampamento não é aquele, mas mesmo assim fazia questão de que todos ficassem à vontade e se servissem do que ele tinha para comer e beber, presente do pessoal que visitou a praia e foi embora mais cedo por causa do mau tempo. Ele disse que de vez em quando vai a Pântano do Sul comprar mantimentos e ver gente, mas não se demora, e que o inverno é uma época difícil por causa da solidão e isolamento, já que ninguém aparece na praia por um bom tempo. É uma forma de viver e compreender a vida que, se não desperta a vontade de fazer o mesmo (algo bem difícil de acontecer), pelo menos leva a uma reflexão do que é essencial e de como são infinitas as possibilidades de tocar a própria vida. Para quem está acostumado à vida massificada das grandes cidades, isso soa apenas como mais uma loucura, mas é interessante se deter um pouco sobre o assunto e refletir.

A chuva não arredava pé mas já era hora de eu prosseguir a caminhada. Infelizmente meu retorno à Lagoinha do Leste depois de quase 20 anos não ocorreu no melhor dos dias. Me despedi do Michael e seus amigos e caminhei até a outra extremidade da praia para pegar a trilha para a Praia do Matadeiro. No caminho, entrei em duas trilhas nas dunas para observar de longe a lagoa mas o dia feio não empolgava para fotos. Alcancei o fim da praia e o início da trilha às 14h27.

Ao contrário da trilha que vem de Pântano do Sul, que sobe e desce um grande morro no sentido oeste-leste, a trilha para Matadeiro acompanha todo o contorno do costão ao norte, a princípio a céu aberto depois por dentro da mata.

A trilha sobe bastante no começo com algumas variantes e bifurcações. Descobri que o caminho mais usado seguia pela esquerda numa primeira bifurcação e à direita na segunda, atingindo o topo do morro, onde uma outra trilha bem batida desce um pouco e acompanha o costão mais ou menos em nível (sem subir nem descer quase). A visão do mar verde e profundo se chocando nas imensas pedras é muito bonita mesmo, pena estar chovendo...
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Praia da Lagoinha do Leste

Depois a trilha passa a correr por dentro da mata alta, com pouca visão do mar, e cruzo dois pontos de água em sequência por volta de 16h23. Acelerei o passo pois com o tempo fechado iria escurecer logo no meio da mata, e cheguei enfim à areia da Praia do Matadeiro às 16h54, após percorrer no finalzinho uma trilha concretada igual à da Praia do Saquinho. Caminhei os 700m da Praia do Matadeiro, que é bem curiosa pois não tem ruas e acesso a carros, e ao fundo, atrás das casas, há uma encosta de pasto onde cavalos pastavam. Só alguns destemidos surfistas curtiam o mar na extremidade norte, junto à Ponta da Campanha.

O único acesso ao Matadeiro é feito por uma trilha de concreto (mais uma!) que começa na ponte sobre o Rio Sangradouro, que a separa da Praia da Armação.

Peguei então a trilha de concreto, cruzei a ponte e fui para a esquerda e depois primeira à direita, alcançando no final da rua a igreja do bairro da Armação, em frente ao mar, onde já havia passado de ônibus na manhã anterior. Num instante, peguei o ônibus no ponto do lado direito da igreja (confirmando que ele seguia para o centro mesmo) e refiz o esquema de descer no terminal TIRIO, pegar o "410 - Rio Tavares-direto" e descer no terminal central, ao lado do mercado municipal, no centro de Floripa. E a chuva castigando.

Nesse dia caminhei 10,3km até a Praia da Lagoinha do Leste, depois disso parei de registrar.

Informações adicionais:

Horários de ônibus (tarifa de R$2,90):
. Rio Tavares - direto (nº 410): www.pmf.sc.gov.br/servicos/index.php?pagina=onibuslinha&idLinha=410%20%20%20&menu=2
. Pântano do Sul (nº 564): www.pmf.sc.gov.br/servicos/index.php?pagina=onibuslinha&idLinha=564%20%20%20&menu=2
. Costa de Dentro (nº 563): www.pmf.sc.gov.br/servicos/index.php?pagina=onibuslinha&idLinha=563%20%20%20&menu=2

Carta topográfica de Paulo Lopes: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/mapas/GEBIS%20-%20RJ/SG-22-Z-D-V-4.jpg

Rafael Santiago
maio/2013

Percurso na carta topográfica - parte 1

Percurso na imagem do Google Earth - parte 1

Percurso na carta topográfica - parte 2

Percurso na imagem do Google Earth - parte 2

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