sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Travessia Diamantina-Rodeador pela Trilha Verde da Maria Fumaça (Serra do Espinhaço-MG) - jun/12

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Serra do Pasmar

As fotos estão em https://picasaweb.google.com/116531899108747189520/TravessiaDiamantinaRodeadorPelaTrilhaVerdeDaMariaFumacaMGJun12.

A estrada de ferro Corinto-Diamantina é um ramal da Linha do Centro da Estrada de Ferro Central do Brasil aberto na década de 1910 e que esteve em funcionamento até o início dos anos 1970. Hoje restam apenas o traçado da ferrovia e raros dormentes em alguns pontos isolados, além das estações, é claro. Os trilhos foram todos retirados.

Decidi caminhar o trecho entre a BR-367 e o povoado de Rodeador, pois era o que parecia ser mais interessante em termos de paisagem e porque tinha certeza do percurso. Isso daria três dias de caminhada. A inspiração para esse projeto veio da revista Aventura Já (edição nº 7, de 2004) do Sérgio Beck.

1º DIA: DE BANDEIRINHA AO PONTILHÃO GRANDE

Para chegar ao ponto inicial peguei no Serro um ônibus para Diamantina e desci no km 603 da BR-367 (16km antes da rodoviária de Diamantina), numa localidade chamada Bandeirinha, que pertence a Diamantina. Ajeitei a mochila, atravessei a rodovia e entrei às 9h18 na estradinha de terra do lado esquerdo de uma casa bem em frente ao ponto do ônibus. Atravessei as casas do pequeno bairro, bastante humilde, e em meia hora a paisagem começou a se abrir à minha direita, revelando os interessantes contornos da Serra do Pasmar. Às 10h19 me deparei com uma enorme e profunda erosão, resultante da ação de garimpo, que levou toda a estrada. Pouco antes havia encontrado o morador de um sítio próximo que me disse que até pouco tempo atrás ainda se praticava o garimpo ali. Após o trecho de erosão a estrada deu lugar a uma trilha já que carro nenhum consegue passar. Desprovido dos trilhos e dormentes, a evidência que restou de que naquele caminho um dia apitou a maria-fumaça são os cortes que agora começam a aparecer, verdadeiros corredores abertos a picaretas e explosivos nas montanhas rochosas para passagem da estrada de ferro.

Às 11h22 encontrei o primeiro ponto de água. Menos de 200m depois, uma estrada de terra entronca à esquerda, vindo da rodovia também. A caminhada sob o sol forte nessa estrada não foi muito agradável, mas felizmente não demorei a avistar o povoado de Barão de Guaicuí após alguns sítios. Às 12h14 cruzei o Córrego do Capão, largo e bem raso, que fica aos pés do povoado e subi uns 100m até a antiga estação do trem, que não se encontra em bom estado de conservação. Pelas frestas das portas vi que estava ocupada por material de construção. Visitei a igreja do vilarejo, que pertence ao município de Gouveia, e continuei a minha travessia na direção noroeste, do outro lado da estação, às 12h32. Ali me deparei com algumas placas sinalizando a travessia até Conselheiro Mata (a 39km), o que para mim foi uma surpresa pois achava que ninguém fazia essa caminhada. O calor estava muito forte e comecei a desconfiar da escassez de água do caminho, o que me fez parar no último bar do povoado para abastecer os cantis. Cerca de 1km depois da estação, uma bifurcação à direita leva à Cachoeira do Barão, a apenas 300m, formada pelo mesmo Córrego do Capão. Desci até ela rapidamente para algumas fotos e prossegui. Às 13h37 chegou o momento que me deixava mais apreensivo, o primeiro dos pontilhões. Mas não foi difícil, apenas não me arrisquei a andar pela estrutura de ferro estreita já que não sou equilibrista nem nada e a altura é considerável. Desci ao riacho (Córrego Tamanduá, afluente do Capão, segundo a carta topográfica), atravessei-o e subi de volta.

Continuando, às 14h23 cruzei uma cerca e logo apareceu o segundo pontilhão, esse parcialmente coberto por uma camada de terra, com alguns blocos já desabados. Do outro lado, surge um rapaz numa moto. Eu não senti confiança em pisar nos blocos de terra e desci à direita até o riacho (Córrego Mangabeira, afluente do Rio Pardo Pequeno), atravessei num ponto mais raso e parei para um lanche e para pegar mais água. O rapaz foi e voltou procurando o melhor lugar e no fim tentou passar no mesmo lugar que eu, porém a moto afundou. Ele conseguiu fazê-la pegar de novo, mas não conseguia subir o barranco escorregadio. Tentei ajudá-lo mas o tempo foi passando e precisei ir embora. Voltei a andar às 15h04 e olhei para trás algumas vezes para ver se ele tinha conseguido. Quando já estava bem distante, vi que ele voltou ao caminho e se foi.

Daí em diante comecei a achar o caminho um tanto monótono, sem atrativo especial nenhum. Um trajeto assim tão longo e plano vale mais a pena ser percorrido de bicicleta, na minha opinião.

Às 15h30 passei a acompanhar à minha direita o Rio Pardo Pequeno, cujo assoreamento formou praias mais largas que o próprio curso d'água. Mas para quebrar a monotonia de vez, surge "a mãe de todas as pontes" (palavras do Beck), o pontilhão grande. Esse deu trabalho. Antes dele, já começaram a surgir os contratempos. É que a trilha penetrou num corte na rocha alta e começou a fechar de tanto mato, e ainda com charco. Insisti um pouco mas não deu. Voltei e entrei num colchete à direita e comecei a seguir um caminho bem largo, que deve ter sido por onde a moto veio. Porém percebi que estava me afastando do rio e do pontilhão, por isso deixei a quase estradinha e atravessei o capim e mato mais baixo até voltar ao Pardo Pequeno, já um pouco abaixo do pontilhão, às 16h07. Explorei um pouco os arredores para planejar qual seria a forma mais segura de atravessar o rio, largo e um pouco fundo. Passar pelo pontilhão estava fora de cogitação. Teria de entrar no rio mesmo, mas num ponto em que pudesse encontrar a continuação do caminho do outro lado, o que não era evidente. A margem do meu lado era formada por lajes de pedra e uma área extensa de rochas soltas mais abaixo, por onde andei uns 150m até encontrar um ponto mais raso e de correnteza mais fraca que parecia conveniente. Do outro lado parecia possível voltar ao percurso da linha férrea. Pois bem, tratei de arranjar dois cajados como apoio, tirei as botas e atravessei de meias, técnica que aprendi no Monte Roraima para evitar escorregões nas pedras molhadas e lisas. E assim cruzei o rio com água pelos joelhos e no horizonte à esquerda um por-de-sol espetacular, que corri para fotografar assim que alcancei a outra margem. Pelo horário avançado, estabeleci residência no primeiro gramado que encontrei, exatamente entre o rio e o leito da antiga estrada de ferro.

Nesse dia caminhei 20,8km.
Altitude em Bandeirinha: 1370m
Altitude no pontilhão grande: 1157m
Altitude máxima do dia: 1370m
Altitude mínima do dia: 1133m

2º DIA: DO PONTILHÃO GRANDE A CONSELHEIRO MATA

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Pontilhão grande

Desmontado o acampamento, comecei a andar às 8h10. O caminho estava todo tomado por um bonito capim baixo que não atrapalhava em nada o caminhar e ainda lhe dava um toque de beleza. Comecei a me aproximar de uma serra que chamou a atenção por possuir uma grande fenda de alto a baixo bem no centro. Mas às 9h16 sou surpreendido por outro pontilhão (quantos mais será que há, me perguntava) que nem era tão extenso, mas por segurança desci ao rio (Córrego Mocambo, afluente do Pardo Pequeno), como nas três vezes anteriores. Porém não foi tão simples, o rio tinha charcos nas margens e no salto que dei molhei as botas e um pouco os pés (a perneira ajudou a não entrar muita água nas botas). Continuei me aproximando da tal serra rachada e também de uma plantação de eucaliptos, mas o caminho desviou para a direita e às 10h02 alcancei a vila de Mendes, apenas cinco casas e um pequeno depósito da antiga ferrovia. A trilha virou estrada de terra e poucos minutos depois das casinhas simples da vila, surpreende ver uma grande e bonita casa de fazenda exatamente onde a estrada de terra e o trajeto do trem se separam, a primeira sumindo numa curva para a direita e o antigo caminho do trem seguindo em frente. E subindo, o que começou a tornar a paisagem do Rio Pardo Pequeno (que vinha acompanhando desde ontem à tarde) mais bonita e larga à esquerda. Atingi o alto dessa serrinha lá pelas 11h e o terreno voltou a ficar completamente plano.

Passados alguns colchetes e plantações de eucalipto, às 11h53 o caminho é interrompido por um desmoronamento dentro de um corte, onde bastou desviar pela direita e retomar a reta do trem. Nesse desvio me aproximei do Ribeirão das Varas (um bom local para pegar água) e dele não vou me afastar mais até Conselheiro Mata e ainda além, até quase o final da travessia, embora nem sempre ele seja visível. Até as 13h12 encontrei mais dois pontos de água e uma surpresa: restos de alguns dormentes num local mais molhado. Mais dois bons locais para apanhar água (de repente ela se tornou abundante) e surgem mais alguns vestígios de dormentes às 14h04. Os pontilhões felizmente acabaram, restaram até aqui duas pequenas pontes sobre valas de água facilmente transponíveis.

Às 14h29 alcanço uma casa amarela com vacas ao redor e percebo que estou chegando a um sítio pelos fundos já que logo à frente há uma cerca e uma porteira trancada que dá para uma estrada de terra. Passei por baixo da cerca e segui bem em frente, atravessando a estradinha. Depois disso, às 15h20 um vale à minha direita me dizia pelo som da água que eu estava me aproximando novamente do Ribeirão das Varas, mas quando o barulho tornou-se mais forte desci pelo capim para dar uma espiada e tive a grata surpresa de encontrar uma das belas quedas que ficam acima da Cachoeira do Tombador. De volta ao meu caminho acompanhei o rio descendo e às 15h50 abriu-se à direita um grande e verde vale com o traçado bem nítido da estrada de ferro na outra encosta. Ao fazer a curva no fundo desse grande vale e passar para a outra encosta comecei a ter visão da cachoeira de frente, um pouco distante, no meio da mata. Passei por dois fossos que devem ser de escoamento de águas e um deles era bem fundo, o que exigiu contornar pela mata à esquerda. Entre esses fossos apanhei água para a noite pois já pretendia arranjar algum lugar para montar acampamento. Às 17h me vi caminhando numa estrada de terra e comecei a passar pelas primeiras casas uma vez que me aproximava do povoado de Conselheiro Mata. Aproveitei para acampar por ali mesmo enquanto havia bastante espaço para isso.

Nesse dia caminhei 27,6km.
Altitude no pontilhão grande: 1157m
Altitude em Conselheiro Mata: 974m
Altitude máxima do dia: 1230m
Altitude mínima do dia: 974m

3º DIA: DE CONSELHEIRO MATA A RODEADOR

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Cachoeira no Ribeirão das Varas

Levantei acampamento bem cedo e às 6h45 já estava de volta à estradinha, que em meia hora me levou à antiga e pequena estação do trem, muito bem conservada. Continuando mais 10 minutos, saí do caminho do trem para uma pausa em Conselheiro Mata, distrito de Diamantina, para conhecer algumas cachoeiras e conversar com o Geraldo Kussu, dono do Buteko e Restaurante do Kussu.

Desci portanto na primeira rua à direita, atravessei a ponte sobre o Ribeirão das Varas (ponte improvisada uma vez que a oficial estava em obras) e virando à esquerda cheguei ao bar do Kussu. Ele estava servindo o café da manhã para uma hóspede sua que estava ali a trabalho (ele tem uma pousada também) e me convidou para acompanhá-la. Ele me falou das 15 cachoeiras das redondezas e dos caminhantes que passam por ali assim como eu. Me mostrou o exemplar da revista que o Beck lhe enviou de presente, onde ele é citado. Com suas dicas, fui conhecer as cachoeiras mais próximas. Primeiro fui ao Poço das Borboletas, entrando na rua à esquerda da igreja e seguindo à direita na bifurcação. A estradinha sobe, desce e quando o Córrego do Açougue a atravessa (a 1,6km da igreja) é só descê-lo à esquerda para encontrar as quedinhas e os poços. Depois voltei até a bifurcação perto da igreja e entrei nela à direita, passando por uma construção grande que disseram ser uma casa de repouso. Logo a estradinha vira uma trilha que desce diretamente à linda Cachoeira das Fadas, escondida no meio da mata, com grande poço de cor verde. Muitas fotos depois, voltei 1,2km até o bar do Kussu, peguei informações com ele sobre a continuação do caminho do trem até Rodeador e zarpei.

Importante aqui é provisionar toda a água para o restante do dia pois não há nenhum riacho ou fonte de água confiável até Rodeador, exceto pelas raras casas em que o morador possa fornecer.

Voltei até a esquina da rua da estação, atravessei a cerca à direita e continuei minha travessia às 10h46. Notei de cara, pelo mato na trilha, que esse trecho é bem menos usado. Após uma porteira e um colchete (com cadeado!) me aproximei do Ribeirão das Varas à direita e pude ver nele uma pequena barragem. Logo em seguida, às 11h08, uma placa bem velha indicava a descida ao Poço do Triângulo, mas não fui explorar por falta de tempo. Em seguida, descrevo uma curva para a esquerda (sul) e me afasto do Ribeirão das Varas por alguns quilômetros ao mesmo tempo em que o horizonte começa a se abrir à direita revelando um grande vale verdejante com uma serra ao fundo. Às 11h27 uma placa apontava à direita o acesso para a Cachoeira das Andorinhas, mas de novo deixei para uma outra ocasião. A trilha entronca numa estrada que vem da esquerda e exatamente ali fica o Templo da Mãe Terra, um dos quatro templos filosóficos-ecléticos-naturalistas de Conselheiro Mata (www.agarthy.org.br). Passadas mais duas casas, me deparo às 11h53 com uma porteira com cadeado fechando completamente a estrada e com a seguinte placa: Agarthy - propriedade particular - entre somente com autorização. Não dei bola e atravessei pela lateral com arame farpado. Passei pelo agradável e tranquilo Lago dos Ciprestes e depois por casinhas redondas que são parte do santuário. Atravessei um trecho de mata e quando a paisagem novamente se abriu avistei um belo templo de cúpula dourada no alto da colina à direita, o Templo de Kali.

Às 12h23 me reaproximo do meu velho conhecido Ribeirão das Varas à direita. Dez minutos depois passo por baixo de uma cerca que corta o caminho na diagonal e entro num corte feito na rocha alta que estava bastante tomado pelo mato. Ao sair dele sou surpreendido pelo som alto de água - era simplesmente a cachoeira mais linda de toda a travessia, uma enorme queda do ribeirão em forma de véu sobre a parede rochosa escura envolta pela mata densa, um espetáculo!

Por volta de 1km depois da cachoeira, o leito desenha outra curva para a esquerda (sul), me afastando do Ribeirão das Varas por alguns quilômetros novamente, e começa uma descida de serra com amplos horizontes, confirmando que esse é mesmo o segmento mais bonito dessa caminhada. Depois de passar por outro desmoronamento e cruzar um colchete, me vejo entrando às 13h41 pelos fundos de um curral com algumas casas na sequência. Ali atravessei uma estrada de terra e para continuar em frente passei por uma porteira. Cruzei outra estrada de terra, uma porteira de ferro fechada com uma corda, bonita paisagem à esquerda e às 14h24 passo por uma cerca para cair na estrada já atravessada anteriormente, aquela perto das casas com curral. Andei 450m para a esquerda por ela e tomei a direita na primeira bifurcação. O caminho à esquerda seria bem mais curto para chegar a Rodeador mas o traçado da antiga ferrovia era para a direita mesmo. E valeu a pena ser rigoroso com isso pois ali encontrei um ambiente completamente diferente, com vegetação que lembrava mais a caatinga que o cerrado e muitas formações rochosas negras e pontiagudas. Algumas árvores teimavam em crescer sobre essas paredes de rocha e as raízes se espalhavam desesperadas por um ponto de apoio que as sustentasse. Observei que algumas trilhas penetravam nesse emaranhado de pedras e árvores, o que devia render um passeio bem interessante. A paisagem à direita também chamava a atenção, com o profundo vale do Ribeirão das Varas (ele de novo!) e na distância uma grande lavoura de formato circular.

Às 15h32 reencontro a estrada que abandonei na última bifurcação mas ando por ela apenas 65m para continuar à direita na bifurcação seguinte, já na "reta" final para o povoado de Rodeador (distrito do município de Monjolos), aonde cheguei às 15h50.

Pensei em tirar apenas algumas fotos do lugar, principalmente da estação ferroviária, e seguir direto para Diamantina, porém não havia mais ônibus e minha tentativa de carona foi frustrada, apesar de metade do vilarejo saber que um forasteiro (eu!) estava à procura de carona. Restou-me passar a noite na casa/pensão da Sandra e tomar o primeiro ônibus para a "cidade grande" no dia seguinte bem cedo.

Nesse dia caminhei 25,8km (contando as cachoeiras que visitei em Conselheiro Mata).
Altitude em Conselheiro Mata: 974m
Altitude em Rodeador: 693m
Altitude máxima do dia: 1023m
Altitude mínima do dia: 693m

Informações adicionais:

Horários de ônibus (todos www.passaroverde.com.br):
de Rodeador a Diamantina - seg a sex - 6h15; sab - 6h15 e 9h
de Diamantina a Rodeador - seg a sab - 15h30

de Rodeador a Curvelo - seg, sex, sab - 7h45; ter, qua, qui - 6h15 e 7h45
de Curvelo a Rodeador - seg a sex - 15h30; sab - 13h

de Conselheiro Mata a Diamantina - seg a sex - 6h30; sab - 6h30 e 9h15
de Diamantina a Conselheiro Mata - seg a sab - 15h30

de Conselheiro Mata a Curvelo - seg a sex - 6h e 7h30; sab - 7h30
de Curvelo a Conselheiro Mata - seg a sex - 15h30; sab - 13h

Alguns gastos dessa travessia:
. ônibus Serro-Bandeirinha - R$16,55
. café da manhã muito bom no bar do Kussu (Conselheiro Mata) - R$5
. PF no bar da Valéria (Rodeador) - R$10
. pensão da Sandra (Rodeador) - R$20
. ônibus Rodeador-Diamantina - R$16,45

Para saber tudo sobre as ferrovias brasileiras e em especial sobre o ramal de Diamantina consulte o site www.estacoesferroviarias.com.br/ ... tro_mg.htm.

Carta topográfica de Diamantina (http://biblioteca.ibge.gov.br/visualiza ... -A-III.jpg).

Rafael Santiago
junho/2012

2 comentários:

  1. Rafael, pesquisando opções para viajar dei a sorte de descobrir o seu Blog, que é excelente, parabéns.
    Aqui vc falou que a perneira evitou que entrasse água na bota, essa perneira é para evitar picadas de cobras ?
    Eu usei uma perneira em uma caminhada solo pela Serra do Cipó, mas achei bastante desconfortável e pesada, a minha é de um couro muito rígido e duro, mas estou cada vez mais inseguro de ficar andando sem essa proteção extra.
    Onde vc oomprou essa perneira, ela é leve ?

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  2. Oi, Renato
    Obrigado pela visita e pelos comentários.
    Isso mesmo, a perneira é para proteger contra picada de cobra. Desde que uma cobra passou no meu pé numa trilha aqui no litoral de São Paulo eu passei a usar, principalmente se estou sozinho. Não acho ela tão pesada, o único inconveniente é que ao andar sob o sol num dia muito quente a canela esquenta e transpira bastante.
    Ela pesa 580g (o par) e é feita de couro sintético (chamado de bidim). Ela dobrada fica bem fina e cabe sem problema dentro da mochila cargueira.
    Aqui em São Paulo na época foi bem difícil encontrar essa de couro sintético, só encontrava a de couro cru, que é pesada e volumosa (talvez a sua seja essa). Fui comprar numa loja muito longe da minha casa cujo nome não consigo lembrar, mas posso pesquisar. Em que cidade você mora?
    Dando uma olhada agora na internet vi que a loja Arco e Flecha (www.arcoeflecha.com.br/perneira-cobra-tecmater-p7577/) está vendendo um modelo semelhante ao que eu tenho. Há outras lojas na internet que vendem mas precisa ver se entregam e o valor do frete.
    Abs

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